segunda-feira, 22 de julho de 2013

Doces portugueses: Casa Mathilde

Em Lisboa, vou as doçarias tradicionais, pois, adoro os doces conventuais de lá.
Quando sei que um amigo vai passar por Lisboa aviso não deixe de comer os deliciosos doces à base de ovos, pois são deliciosos!

Agora em São Paulo, um pedaço de Portugal abriu as portas no centro antigo de São Paulo. Próximo ao prédio da BM&F, no mesmo endereço que abrigou o Fasano nos anos 1950, encontra-se agora a Casa Mathilde, especializada em doçaria portuguesa. A marca tem tradição, foi, por muitos anos, fornecedora oficial de doces da Casa Real Portuguesa.

Misto de cafeteria, casa de chá e confeitaria, a Casa Mathilde ocupa 1.200 m² divididos em três pisos e tem capacidade para 80 pessoas sentadas. “Queremos participar do processo dinamizador dessa parte histórica da cidade”, diz o português João Pedro Neto, um dos sócios do negócio.

No térreo, um longo balcão envidraçado, próprio para um lanche ou café rápidos, ostenta os cerca de 32 tipos diferentes de doces. À esquerda de quem entra, mesinhas e bancos acomodam quem chega para uma refeição mais demorada.

No final do salão, uma janela envidraçada mostra um constante desenfornar de pastéis de nata, os famosos pastéis de Belém. “O pastel de Belém é o que mais vendemos, porque é o doce português mais conhecido no Brasil”, diz Neto. Mas, os paulistanos vão conhecer outras especialidades, como o  travesseiro de Sintra, um delicado cone enrolado de massa folhada recheado com creme de amêndoa.

Nas mesas, o cardápio apresenta clássicos da confeitaria conventual, como pastel de belém, noz de galamares (doce com massa de nozes e caramelo) e mimo da pena (base de coco, creme de ovo e cereja). Há bolos inteiros ou em fatias; biscoitos como o amanteigado areias de cascais e biscoitos de azeite e mel. Também há salgados e sanduíches.

Fundada em 1850, em Ranholas, próximo à Sintra, a Casa Mathilde caiu nas graças do rei d. Fernando II por causa das queijadas. A casa tradicional fechou em 1974, pouco após a Revolução dos Cravos. Reabriu mais tarde com outro nome, Casa do Preto, e agora chega ao Brasil – um dos proprietários é o herdeiro de d. Matilde Soares Ribeiro, a fundadora.

De Portugal, além das receitas, vieram os dois chefs confeiteiros (pasteleiros, como se diz em Portugal), os balcões envidraçados e os fornos. Algumas preparações são iniciadas na casa dos cremes, também conhecida como “casa dos segredos”, porque até aos sócios-proprietários é vedado o acesso. Lá, só entram os dois confeiteiros – tudo para manter o sigilo das receitas. Durante os sete meses de reforma do prédio de arquitetura moderna, os confeiteiros testavam as receitas para adaptar a tradição portuguesa aos ingredientes locais.

O grupo promete novas unidades, nos Jardins, Moema e Itaim, possivelmente ainda neste ano.


SERVIÇO – Casa Mathilde
Praça Antônio Prado, 76, Centro
Tel.: 3106-9605
Horário funcionamento: 9h/19h30 (sáb., 9h30/15h30. Fecha dom.)
Cc.: todos

Pesquisa: Paladar/Estadão
Fotos: Isadora Pamplona/Estadão

Até!

3 comentários:

Juliana disse...

Parece um local bem agradável e com doces deliciosos! Quero conhecer!!

Rita disse...

Oi, Célia, estou vendo muitas docerias em S. Paulo com localização em bairros de comércio sofisticados como o Jardins e Pinheiros e a exceção é essa portuguesa Casa Mathilde que está no Centro da cidade!!! Vou conhecer, gosto muito de doces portugueses! Um beijão.

Célia disse...

Olá ! Rita!
Quando for experimente também o pão de ló ...é surpreendente!!!
Bjs.