Conversar Bem

Então...ideias e palavras é o material de que precisa um bom conversador. Conversar bem, com desembaraço e desenvoltura tem seu aprendizado e teoria: exige observação e perseverança.

A primeira regra é: enriquecer o vocabulário com termos que possam exprimir as ideias, os pensamentos, de maneira concisa e exata.

A leitura diária, dos jornais e revistas em geral, é precioso auxiliar da espontaneidade no falar, um dos mais valiosos atributos do bom pensador.

Não precisamos falar com perfeição absoluta. Basta que falemos com naturalidade, sem afetação e prolixidade. Geralmente conversamos com pessoas mais ou menos iguais e, portanto, não precisamos inteligência acima do normal para que gostem da nossa conversa.

Quem muito fala, muito erra, diz o dito popular. Há muita verdade nessa frase. É preferível falar dez palavras exatas, concisas, que expressem nossas ideias e pensamentos do que proferimos cem termos inexpressivos que mal definem o que desejamos tornar claro e compreensivo.

Conversar bem é uma arte. Pode-se possuir bom e variado vocabulário, espontaneidade no falar os termos, formar as frases e não agradar.

Pode-se conhecer bem a língua, ser dono da gramática e não agradar na conversação. É que a arte de conversar exige outros predicados: a voz, a dicção, o gesto, o olhar. Mas é bom lembrar que o aperfeiçoamento na arte de falar bem é em uma sociedade culta, ter um bom convívio social.

Há sábios que são maus prosadores porque lhes falta o convívio social.

Há semicultos e até incultos que brilham na arte de conversar porque frequentam locais onde se conversa com desenvoltura e elegância.

Curiosidade:

Grandes nomes da literatura mundial como Teófilo Gautier, Balzac, Baudelaire e Flaubert liam, diariamente, um trecho do dicionário para recolher as expressões necessárias.

Não convém deixar de lado a gramática teórica, indispensável a todos aqueles que desejam conversar ou escrever com desembaraço e retidão, desde que não tire o brilho da naturalidade e da simplicidade.

Até!