..."Quatro círios acesos, eis a vida"...
(Guilherme de Almeida)
Hoje 2 de novembro, comemoramos o Dia de Finados, reservado para o "Culto aos Mortos" e, todos nós temos as nossas queridas e inesquecíveis pessoas que já se foram, não é?
Perde-se no anais da história a origem do culto aos mortos.
É um sentimento nascido com a dor e a saudades nos corações humanos.
Sabemos que nossos antepassados sempre respeitaram os mortos rendendo-lhes o culto de verdadeira religião. Os entes desaparecidos eram sagrados e verdadeiramente adorados.
O egípcios, considerados o povo mais religioso da antiguidade, dedicaram um livro aos desaparecidos (Livro dos Mortos) nele contendo a descrição dos rituais, fórmulas e orações fúnebres. Na suposição de que a alma voltaria a buscar o corpo, este era embalsamado e cuidadosamente guardado em sarcófagos, principalmente os da classe rica. Os desprotegidos da fortuna, atiravam o cadáver ao deserto para que as aves os devorassem.
Na Grécia antiga lavavam o corpo com essências aromáticas e o vestiam com majestoso manto. Na cabeça colocavam uma coroa de flores e entre as mãos ramos de trigo.
Em Roma, os moços não necessitavam cuidar dos velhos porque não havia velhos em abandono - um exemplo digno de ser imitado. O ancião permanecia até a morte como a última autoridade da família e, enquanto existisse um descendente masculino, seu túmulo era honrado.
Os funerais romanos eram tão requintados e pomposos quanto ao casamentos.
O luto durante a Idade Média era branco, símbolo de pureza, segundo São Clemente de Alexandria. O preto, nos trajes fúnebres, principiou a preponderar sobre o branco a partir do século XIV, nos afirma o Abade Fleury em sua História Eclesiástica.
Minha manifestação de saudades renova-se no Dia dos Mortos.
A sociedade moderna tornou o luto bem menos severo.
Cada qual age da maneira que lhe convier.
Mas o que não devemos esquecer é de manter sempre o respeito ao culto dos Mortos, nobre e honrosa tradição em todas as sociedades.
Pesquisa: Em Sociedade (Enciclopédia do Lar)
Autora: Lea Silva
Foto: Célia (do quintal do meu irmão)
Homenagem: Aos Meus Pais
Até!
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